Contribuições dos recursos EAD na construção
de um bom professor.
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Veronica
Rodrigues de Souza Santos
Fonoaudióloga Clinica e Educacional
O Brasil esta investindo em uma significativa perspectiva
de reforma no sistema de ensino, quando na última quinta-feira (11), o Ministério
da Educação (MEC) anunciou a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). O documento será o primeiro do Brasil a regulamentar uma base
obrigatória para a criação dos currículos das escolas públicas e privadas de
todo o País. Porém, apesar da decisão de criar a primeira BNCC, pouco se
discute como investir de forma a melhorar o nível do professor.
Na busca embora precária, de qualificação, muitos
profissionais da educação estão buscando nos recursos EAD uma forma de fazer
uma formação continuada, que atenda a diversidade contemporânea, sem perder o
ritmo da prática pedagógica.
Atenta a esta demanda de formação, tenho acompanhado o
aumento de Congressos, Simpósios e espaços online, onde são oferecidas
informações através de palestras e “lives” de grupos de profissionais que se
organizam para divulgar e ou sensibilizar o professor que se encontra na sala
de aula com alunos que apresentam o Transtorno do espectro do Autismo (TEA).
Normalmente são palestras com Médicos, Pesquisadores, Psicólogos, Pais,
Pedagogos, Terapeuta Ocupacional, Fonoaudiólogos, Organização e Associações de
saúde e educação, que considero uma inovação revolucionária tanto para o
conhecimento com fonte teórica especializada quanto para a divulgação do
assunto em larga escala considerando-se a extensão dos eventos online.
Os Congresso, Seminários e Simpósios são totalmente Online
e muitas vezes gratuitos, durante um período de exibição, onde são
disponibilizadas várias palestras em horários pré-determinados, abordando
vários assuntos de grande relevância para todos os interessados em autismo com
Grandes Especialistas e Pesquisadores. Após a inscrição, esses eventos podem
ser acessados direto pelo computador, tablete, notebook e celular.
Considerando a
questão didática do processo de ensino aprendizagem, entende-se que a EAD é uma
modalidade de ensino que se constitui pelos mesmos elementos fundamentais da
modalidade presencial: concepção pedagógica, conteúdo específico, metodologia e
avaliação; contudo, diferencia-se pelo modo como se estabelece a mediação
pedagógica (CATAPAN, 2010).
Sem dúvidas que hoje, a maior contribuição da tecnologia ao
ensino, o vídeo aulas se multiplicam na internet, vencendo barreiras com
explicações de conteúdos e práticas pedagógicas, em aulas produzidas em vídeos
por professores brasileiros muitas vezes gratuitamente.
A utilização da internet, como a quebra de barreiras para o
conhecimento já é uma prática em diferentes partes do mundo. Sites com vídeos
aulas ou demonstrações de boas práticas de aulas sobre a educação inclusiva
para crianças com autismo, na educação básica, tem se popularizado muito no
Brasil.
Inspirados no modelo de Salman, um descendente de indianos
que criou seus primeiros vídeos para ajudar uma sobrinha que tinha problemas de
matemática, despertou no jeitinho brasileiro o modelo das “aulas grátis” pela
internet. Esta prática não vem apenas de pequenas iniciativas, instituições
renomadas como Havard nos Estados Unidos, a Sorbonne na França, a Universidade
de São Paulo USP no Brasil e a PUC – São Paulo, já oferecem cursos a distância
com projetos e vídeos aulas em algum momento dos cursos que oferecem, ou seja, demonstrando
como alternativa, uma nova didática, que vem sendo adotada de forma crescente
em vários países.
Vygotsky (1896-1934), por exemplo, já ressaltava a
importância do processo de interação social para o desenvolvimento da mente.
Papert na década de 60 já defendia a tese de uma didática em que o aluno
utilizasse a tecnologia. No Brasil, Paulo Freire, foi o inovador do pensamento
de que o professor transformasse a sala de aula num ambiente interativo.
Sendo assim, a contribuição da tecnologia na formação
inicial e ou continuada do professor é por mim considerada como uma das maiores
inovações dos últimos tempos para a formação teórica e prática do professor.
“Não temos que acabar com a escola”, disse num diálogo
Papert em 1996, mais sim “muda-la completamente até que nasça dela um novo ser
tão atual quanto a tecnologia. (Papert 1996).
Referencias:
Borges, Priscila 29/09/2012 últimosegundo.ig.com.br
Ramal, André 28/04/2015 últimosegundo.ig.com.br

